Festival Mátria AmadaShows ∙ Usina Cultural Facens
Idealizado pelo músico Leandro Manuí e pela atriz Tatiana Zalla do Grupo Manuí, o Festival Mátria Amada terá sua primeira edição presencial em setembro de 2024 nas cidades de Sorocaba e Votorantim.
Nessa edição, o grupo tem a honra de promover um encontro inédito e uma homenagem à dois ícones da cultura brasileira: Ailton Krenak, recém eleito imortal da Academia Brasileira de Letras e a rainha da ciranda Lia de Itamaracá que completa 80 anos em 2024 e vai trazer para Sorocaba o mesmo show que fará no Rock n´Rio.
PROGRAMAÇÃO
📆 07/09 – Usina Cultural da Facens
- 16h: Abertura do festival – Quinteto da Paraíba e Toninho Carrasqueira
- 16h30: Bate papo com Ailton Krenak – primeiro escritor indígena a ocupar a cadeira de “imortal” pela Academia Brasileira de Letras
- 17h30: Leandro Manuí e Juraildes da Cruz – lançamento do álbum Luz Dourada
- 18:30: Lia de Itamaracá – show Cirandas do Mundo comemorativo de 80 anos
- 19h30: Folia para os Mestres – intervenção cênica-musical com bonecos criados pelo artista Jaime Pinheiro
- 20h: Ana Maria Carvalho e banda – interpretando canções inspiradas em manifestações como o Bumba meu Boi
- 21h: Banda Mátria Amada – formada por músicos de Sorocaba e Tatuí
Breve histórico
O movimento “Mátria Amada” surgiu através da união de artistas e ambientalistas da região de Sorocaba/SP para realizar intervenções artísticas durante o desfile de 7 de setembro de 2019. Durante a pandemia o projeto ganhou o formato de Festival Online promovendo 5 encontros com a participação de artistas importantes no cenário cultural brasileiro como Alceu Valença, Marlui Miranda, Juraildes da Cruz, Ivan Vilela, Magda Pucci, Toninho Carrasqueira, Regina Machado, Tião Carvalho, Levi Ramiro, Alzira E, Ana Maria Carvalho, além de dezenas de grupos culturais e artistas do Brasil e de Portugal; estudantes e lideranças indígenas como Cristine Takua, Carlos Papá, Cristino Wapichana, Kaká Werá, além de quilombolas e ambientalistas.
Em 2024 acontece a primeira edição presencial na região onde o projeto nasceu, com ações em teatros e espaços culturais das cidades de Sorocaba e Votorantim.
Edição 2024
Seguindo a linha das edições anteriores, o festival Mátria Amada promove a valorização de produções artísticas que se inspiram em questões ambientais.
Para a edição 2024 pretende-se aprofundar as reflexões a respeito da decolonialidade e da relação de comunidades tradicionais indígenas e afro-brasileiras com os diversos biomas do Brasil. Para tanto, o Grupo Manuí convidou mestras da cultura afro-brasileira como a pernambucana Lia de Itamaracá e a maranhense Ana Maria Carvalho que há décadas representam suas comunidades em todo mundo, exaltando através de heranças culturais e composições uma musicalidade profundamente conectada com a natureza de seus locais de origem.
Outro convidado que será homenageado é o escritor Ailton Krenak, recém-eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras, e um dos pensadores contemporâneos brasileiros mais prestigiados em todo mundo por difundir a sabedoria cultural de seu povo de origem e outras cosmovisões indígenas brasileiras.
Grupo Manuí convida também grandes nome da música instrumental brasileira como Toninho Carrasqueira e Quinteto da Paraíba para interpretar canções de Juraildes da Cruz e Leandro Manuí. O evento conta ainda com a Banda Mátria Amada formada por músicos de Sorocaba e Tatuí e interpretando canções compostas especialmente para o festival e da Interveção cênica-musical “Folia para os Mestres” com bonecos criados pelo artista Jaime Pinheiro da cidade de Tatuí.
A identidade visual do evento foi concebida pela artista indígena Sawara Silva. Todas as ações do projeto contemplam a acessibilidade como a tradução em libras ao vivo e nas produções audiovisuais, além tecnologia de transmissão de conteúdo de audiodescrição e reserva de ingressos para projetos de inclusão das cidades contempladas.
Relevância do projeto
Em tempos em que o desenvolvimento econômico aliado a preservação ambiental é uma das questões mais discutidas no mundo, naturalmente essa temática impacta a produção artística de músicos, atores e escritores de diversos países, assim como a atuação de grupos culturais que representam comunidades tradicionais.
Diante dessa constatação, o Festival Mátria Amada em todos os encontros anteriores viabilizou produções que promoveram a visibilidade de artistas e de lideranças indígenas e quilombolas engajadas em debates, reflexões e ações efetivas de consciência ambiental através da produção cultural. Portanto, todas as ações artísticas previstas no atual projeto dialogam com temas como o cuidado com o meio ambiente, a preservação dos ecossistemas e a valorização da cosmovisão e da mitologia dos Povos Originários.