search
highlight_off
Foto: Lu Bortoline
Cultura
Publicado em às

“Frestas – Trienal de Artes 2025” acontece no segundo semestre de 2025 no Sesc Sorocaba

A quarta edição de Frestas – Trienal de Artes já tem previsão: a mostra cultural acontece no segundo semestre de 2025, no Sesc Sorocaba, e integra a agenda cultural da instituição no interior paulista.

O time curatorial é de peso: Luciara Ribeiro, Naine Terena e Khadyg Fares construíram, juntas, o conceito que será apresentado ao público.

▾ CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE ▾

“do caminho um rezo”

Em 2025, a mostra ganhou o título “do caminho um rezo”, tema que propõe uma escuta sensível aos saberes ancestrais de povos indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais, especialmente no contexto do território sorocabano.

Inspirada em noções como o “caminho como rezo”, do professor kaingang Tadeu Tãn Nó, e o Thaki, da cosmologia andina, a proposta entende o ato de caminhar como um gesto espiritual, político e de construção de conhecimento.

Além disso, o projeto se apoia nas reflexões do pensador quilombola Nêgo Bispo, promovendo uma reconexão com memórias e práticas culturais que atravessam corpos, territórios e tempos.

Mais uma vez, a mostra firma a arte como ferramenta indispensável na construção do diálogo e da transformação social, enquanto a educação mantém seu posto como força articuladora entre saberes, territórios e experiências coletivas. Tudo isso, no interior.


Sobre o Frestas

Realizada desde 2014, a exposição já reuniu no município um público presencial estimado em 243 mil pessoas e 213 artistas — entre eles, 49 estrangeiros.

Inspirada no projeto “Terra Rasgada”, da década de 1990, a Trienal carrega no nome uma referência ao significado de Sorocaba em tupi-guarani: “o lugar da rasgadura”.

Desde sua primeira edição, em 2014, com curadoria de Josué Mattos e o tema “O que seria do mundo sem as coisas que não existem?”, o evento ocupa espaços culturais da cidade com exposições, performances, música, teatro e ações educativas.

Em 2017, a segunda edição — sob o tema “Entre Pós-Verdades e Acontecimentos”, com curadoria de Daniela Labra — ampliou o alcance do projeto, reunindo mais de 160 obras de 60 artistas de 13 países.

Durante a mostra, a curadoria (que ocupou o Sesc Sorocaba e outros espaços públicos e históricos da cidade), destacou o discurso e o trabalho de Guerrilla Girls, Teresa Margolles, Hito Steyerl e de artistas brasileiros como Daniel Lie e Panmela Castro.

Já a terceira edição, realizada entre 2021 e 2022, teve como tema “O rio é uma serpente” e curadoria de Beatriz Lemos, Diane Lima e Thiago de Paula Souza.

As obras abordaram temas urgentes como ancestralidade, narrativas decoloniais, questões indígenas e afro-brasileiras, além de promover uma intensa programação educativa e formativa.