
Abertura exposição ”OVO” do artista Dagô na Fernanda Monteiro Galeria de Arte acontece na quarta (21)
Na quarta-feira (21/05), a Fernanda Monteiro Galeria de Arte inaugura o Calendário ARCO, edição 2025.
A estreia acontece com a mostra ”OVO: Onde repousa o mistério do Vir-a-ser”, do artista visual Dagô, com curadoria de Fernanda Monteiro.
Neste novo ciclo de exposições, que se inicia no mês de maio com a mostra de Dagô — em cartaz até julho — e inclui outros projetos a serem realizados no segundo semestre, o fio condutor é a dualidade entre o material e o imaterial, corpo e espírito, imanente e transcendente.
Nessa linha, a galerista apresenta propostas artísticas que propõem reflexões sobre o que somos além da casca, quais identidades incorporamos e a que viemos, num movimento de deriva entre experiências e expectativas.
A exposição ”OVO: Onde repousa o mistério do Vir-a-ser” é o ponto de partida de um trajeto em busca do autoconhecimento por meio do fazer artístico.
Nela, iniciamos uma viagem interior que, ao longo do ano, proporcionará encontros entre diversas formas de interpretar o viver.
Leia o texto do artista sobre a exposição
O Ovo e o Caminho – Uma Travessia Pathwork
Na penumbra do não-saber, repousa o ovo. Forma primordial, símbolo de origem, de potencialidade contida, de nascimento em suspenso. O ovo é a promessa: não é ainda o ser, mas o portal do vir-a-ser. Aqui, ele se apresenta não apenas como objeto, mas como metáfora da alma em seu processo de despertar.
O Pathwork – esse caminho de transformação interior revelado por Eva Pierrakos – propõe uma jornada através das camadas do eu: da máscara à negatividade interior, até o centro luminoso da essência divina. Cada etapa dessa travessia é como romper a casca do próprio ovo: um confronto com a rigidez do ego, com as couraças que nos separam de nós mesmos.
Assim como o embrião precisa da escuridão, do calor e do tempo para se formar, a alma precisa da entrega, da coragem e da verdade para se revelar. No Pathwork, a luz não vem de fora – ela se acende quando atravessamos nossas próprias sombras. O ovo, então, torna-se símbolo do campo onde vida e resistência coexistem, onde o impulso da evolução precisa se contrapor ao medo de sair da forma conhecida.
Nesta exposição, convidamos você a olhar para os ovos – reais ou simbólicos – como espelhos do seu próprio processo. Que cascas precisam ser rompidas em você? Que conteúdo oculto aguarda sua permissão para nascer?
O ovo não é apenas origem. Ele é o desafio e o milagre do nascimento consciente.
Sobre o artista
Nascido em 1966, Dagô vive em Sorocaba e trabalha em Itu com a arte visual. Esculpindo em diversos materiais, entre eles pedra-sabão, bambu, madeira e ovo de avestruz, os aspectos tridimensionais das obras são bastante relevantes.
Suas produções ajudam a materializar as percepções e sentimentos de seu espírito em relação ao mundo interior e exterior, constantemente fazendo uma autorreflexão sobre suas relações com seu próprio ser, com a natureza e com as pessoas.
Em algumas obras, acumulam-se referências aos modos de transformação do meio ambiente e dos recursos naturais brasileiros. Em obras recentes, o aspecto da ancestralidade se faz presente, na medida em que contribui para o conhecimento do ser.
Sobre a Galeria
Funcionando desde 2010, a Fernanda Monteiro Galeria de Arte é uma das pioneiras na cidade de Sorocaba e já promoveu mais de 50 exposições dentro e fora de seu espaço físico.
Especializada em arte contemporânea, a galeria trabalha com um corpo de artistas que vivem e/ou desenvolvem suas atividades na cidade, mostrando, comercializando e prestigiando a pujante produção artística local.
A galeria funciona de segunda, quarta, quinta e sexta-feira, das 14h às 19h.
A Fernanda Monteiro Galeria de Arte fica na Rua Gustavo Teixeira, 600 – Vila Independência, Sorocaba.