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Música que Toca Sorocaba: Cataia

Originada na Ilha do Cardoso, com as raízes no forró, a banda Cataia foi formada em 2001. Logo no primeiro ano gravaram o disco “Nesta Terra de Ninguém”, agregaram outros gêneros musicais ao seu estilo, como o rock e o maracatu, e hoje, instalados em Sorocaba, conseguem trabalhar cada vez mais o seu som, tendo frutos de emissões sonoras que chegam do outro lado do mundo, pode acreditar.

Tudo isso começou com os amigos Rodrigo Fonseca e Fabrício Batalha, que queriam “tirar uma onda” com o som no litoral Sul de São Paulo, resolveram levar alguns instrumentos, fizeram um show e a resposta do público veio de imediato, recebendo convites para tocar cada vez mais nesse paraíso tropical. O nome da banda é uma homenagem a uma planta típica da região, que, curtida na cachaça, dá uma mistura boa. “A gente começou tocando para se divertir, daí o povo foi gostando e acabamos voltando pra lá (Ilha do Cardoso). Isso possibilitou a gente tocar em outros lugares na época, principalmente pelos turistas, foi tudo natural”, assim comentou o Fabrício.

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Depois de definirem o conceito musical da Cataia, que é essa mistura de gêneros sem se prender a nada, nessa pegada multicultural, como eles próprios se intitulam, a banda foi ganhando forma e nome. Começaram as participações em grandes festivais no Brasil de música regional, como o Festival de Itaúnas, Forró da Lua Cheia e o Festival Lula Calixto, circuitos (SESC) e abrindo shows para grandes nomes. O som do primeiro disco chegou a ser comercializado na Europa por uma gravadora francesa, e logo o público internacional foi pegando gosto também, apesar da banda nunca ter ido para lá. “O Richard (percursionista e sanfoneiro da banda) foi à Paris e viu todo mundo dançando nossa música. A gente nunca foi para lá, mas tem ideia porque o nosso som já está lá, sendo comercializado. Pensamos em ir um dia”, acrescentou Rodrigo Fonseca. Com a presença marcante da música africana, pernambucana e do jazz, surgiu em 2008 o segundo disco da banda, que leva o nome do grupo, “Cataia”.  Apesar dos integrantes serem de partes distintas, os músicos encolheram Sorocaba como a “casa” da banda. Hoje eles vivem esse momento privilegiado de união e conseguem expandir o seu trampo de forma muito mais harmônica e sem limites.

No final do ano passado, 2014, a banda gravou o videoclipe da música “Caboclo Véio”, que está no segundo disco, dirigido por Ricardo Camargo. O trabalho, que já contava com a participação de Zé do Caixão fazendo um poema, recebeu a visita surpresa do cineasta José Mojica Marins, participando diretamente do vídeo. A obra retrata um pouco sobre a sabedoria do conhecimento interno humano e todos esses conflitos que aflige nossa cabeça. Segundo os integrantes da banda ela tem um cenário bem cultural e da raiz do brasileiro, que conta com os Quatro Elementos da Natureza para formar a história. “O diretor utilizou dos quatro Elementos para contar a história dentro do videoclipe. O clipe tem muitas cenas com fogo, em um cenário de areia, momentos com chuva e até gente voando, pode acreditar”, completou Fabrício.

Para esse ano, a Cataia vai trabalhar na gravação do seu terceiro disco para celebrar os 15 anos de estrada. Com apoio financeiro ou no underground, o foco é a realização deste projeto. “Estamos preparando um CD para 2015 e queremos lançar este ano. Tentaremos viabilizar este projeto por meio de editais ou apoio financeiro. Se não der certo por este caminho, o CD será lançado de forma independente”, afirmou o baixista Rodrigo Cabrerisso. Hoje a banda conta com a formação de Rodrigo Cabrerisso (baixo e voz), Fabrício Batalha (percussão e voz), Richard Lefèvre (sanfona e percussão), Rodrigo Fonseca (voz, violão e flautas), Xitão (voz e percussão) e Ricardo Carrano (guitarra e violão de 12).

Nesse domingo, dia 24 de maio, a Cataia se apresentará na Virada Cultural de Sorocaba, às 14h. Para esse evento a banda está preparando um espetáculo multicultural, inclusive com uma versão de “Deus Lhe Pague”, do Chico Buarque, que mistura Beatles e Jethro Tull, bem com a cara da banda mesmo, além de sons autorais dos dois primeiros discos. Prato cheio para que conhece ou ainda nunca ouviu o som de uma das bandas mais legais da cidade. “Esse show mostra essa tendência nossa de mistura, de pegar essas características regionais brasileiras, com uma pitada de ritmos africanos e tudo isso dentro de uma fusão com o rock e o jazz… com um repertório que viaja todo esse universo que a gente passeia, é um show que tem bastantes sons diferentes, mas que no fundo se conectam, porque está dentro de um estilo, do nosso estilo de ser banda”, comentaram os integrantes convidando todos os leitores a fazerem parte deste evento.

A Virada Cultural 2015 será realizada nos dias 23 e 24. O palco principal será no Parque do Ipiranga. No mesmo dia do Cataia vai rolar Bixiga 70, Ogi e Pitty. Confira os horários > clique aqui

 

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