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Monoclub e o folk caipira nos States

 

No final de Agosto, o Monoclub resolveu se aventurar e partiu em direção à terra do Tio San, mais especificamente Seattle, local onde o Folk corre solto e a música brasileira é bem vinda. Recepcionados por Eduardo Mendonça, um brasileiro bastante envolvido com cultura por lá, foram convidados para tocar no Brazilian Music Fest e a partir daí tudo se desenrolou. “Foram quatro meses de conversa e muitos e-mails e a gente conseguiu fechar para tocar no festival. Que acabou sendo a porta de entrada para a gente fazer outras coisas” comentou Bruno Peretti.

Depois de firmarem o acordo para tocarem no festival, agora o Monoclub já tinha um compromisso marcado e partiram em busca de outros locais para se apresentarem. Foi quando se surpreenderam com a facilidade que a cidade disponibilizava para eventos culturais em espaços públicos. Foram dez dias no total que ficaram nos Estados Unidos, sendo que tocaram em oito dias e cinco apresentações foram em espaços públicos. Destaque para o mercado municipal. “Mercado municipal é muito louco. São nove espaços dentro do local para músicos de rua… Passaram milhares de pessoa no role, tem muito movimento por lá e é bem tradicional” completou Bruno.

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O desenrolar da vida musical do Monoclub em terras estrangeiras também foi bem receptiva em todas as partes. Segundo os integrantes da banda, os americanos (neste caso o povo de Seattle) são abertos ao extremo para eventos culturais. A banda fez questão de tocar bastante som autoral, e quando partiam para os covers, as músicas brasileiras foram escolhidas. “Foi legal ver como a galera prestava atenção. Ficavam surpresos com a sanfona e a viola caipira. Depois do show vinham perguntar da onde a gente era, que língua a gente falava. Compravam CD, sem entender nada do que a gente estava falando”.

Apesar da correria de shows, o pessoal também conseguiu aproveitar bastante o conceito musical da cidade. Conheceram Michael Adams, famoso luthier da cidade, conversaram com Jeff Tweedy, do Wilco, na beira do palco, participaram de um programa de rádio e deram um role com um chinês que falava muito bem português. Ver um parque cheio de crianças tocando Radiohead durante o dia e o baixo custo para produzir ou consumir música foram lances que chamaram bastante atenção do grupo. “Não é pagar pau pra americano, mas eles têm muito que nos ensinar”.

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Também nem só de música viveu o Monoclub em Seattle. Foram ao Mont Rainier, onde Dilson Sartori quase enfartou para subir, visitaram aquelas tabernas com cabeças de alce na decoração, tomaram café da manhã junto com os veteranos do exército no melhor estilo Sniper Americano. Provaram a culinária gordurosa daquelas lanchonetes com sofás enormes, que aparece no começo do filme Pulp Fiction. E sofreram na mão de Fábio Baddini, quando o então motorista resolveu entrar com um carro em uma ciclovia.

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Depois dessa experiência, o Monoclub definiu que expandirá o seu som cada vez mais. A banda hoje, que conta com Fabio Baddini, Bruno Orefice, Bruno Peretti, Lucas Marx e Dilson Sartori, pretende viajar pelo menos uma vez por mês para outros estados. Estiveram recentemente em Minas Gerais, onde tocaram na Virada Cultural, foram para Santa Catariana em Outubro, e também receberam um convite para voltar à Seattle e tocar em um festival de folk. Enquanto estão por Sorocaba, a banda pretende lançar um clipe e uma música nova em breve. Para o próximo ano, mais ou menos em Março, o tão aguardo disco chegará.

 

Acompanhe o Monoclub no portal Agenda Sorocaba e fique por dentro de suas próximas apresentações. Acesse: agendasorocaba.com.br/artistas/monoclub