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Música que Toca Sorocaba: Justine Never Knew The Rules

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O nome gera curiosidade, e o som uma surpresa: Justine Never Knew the Rules trás o que eles gostam de chamar de “beautiful noise” e apresenta no seu EP recém lançado 3 faixas marcadas por uma guitarra tão alta quanto a voz, um set de bateria reduzido, acordes e afinações criados pelos próprios músicos – que optam por deixar o refrão de lado propositadamente em algumas faixas.

A música “1979”, da banda norte americana Smashing Pumpkins, é de onde vêm a frase que dá nome a banda sorocabana(…) Justine never knew the rules, hung down with the freaks and the ghouls”, algo como “Justine nunca conheceu as regras, se juntou aos loucos e aos demônios”. A ideia de usar esse nome surgiu de um amigo dos integrantes, Mario Bross, em uma conversa despretensiosa.

Não adotamos o nome logo de cara mas, com o passar do tempo, começamos a nos identificar com ele devido ao fato de fazermos nossas músicas de forma não muito convencional para uma banda de rock”, conta Maurício, integrante da banda.

A falta de regras que se transformou em melodia

Outra característica peculiar deles é que as funções dos músicos não são 100% definidas e fixas. A falta de um baterista logo no começo acabou fazendo da necessidade um estilo musical, como explica Bruno “(…) ninguém é exclusivamente guitarrista, baixista ou baterista. Revezamos os instrumentos e vocal de acordo com a música. No começo fazíamos isso por necessidade (…) mas acabamos gostando desse revezamento e isso se tornou uma das características mais forte da banda.

Quem escuta o EP se apaixona pelos acordes fortes e pelo som que parece que te leva junto a cada entrada da guitarra, mas não imagina a “saga” que foi finalizar o material, que levou mais tempo para ser gravado do que os integrantes esperavam, depois de passar por 5 amplificadores queimados, um notebook com todas as gravações finais atropelado, e até o gato de estimação que deletou todas as faixas gravadas (e prontas) ao pular no computador.

A parte artística do EP foi feita com o apoio da Suelen Duarte, que fez uma linda – e que logo me chamou a atenção – imagem psicodélica para a capa.

A afinidade musical que aproximou os integrantes e se transformou em uma forte amizade foi fundamental para que os “justinos” Bruno Fontes, Marcel Marques e Maurício Barros se unissem criando um estilo único de fazer a própria música. “A mensagem que tentamos passar para o público em nossos shows é que qualquer pessoa pode fazer qualquer coisa. Você pode fazer do jeito que quiser. Não existem regras. Na verdade, nós nunca soubemos as regras”, finaliza Maurício.

E o som que nasceu da falta de regras é lindo. Uma sinestesia enorme entre a mensagem que está sendo passada através dos acordes e a intenção dos músicos. Vale a pena ouvir, e re-ouvir, e re-ouvir.


Conheça o som da banda

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