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Circadélica: relembre como foi o festival em 2017 e confira as atrações de 2018

Depois de algum tempo escondido em algum porão de Sorocaba, ele perdeu a vergonha de se esconder e mostrou o porquê é foda. O Circadélica, festival de música independente, deixou marcas aos amantes da cultura contemporânea e agitou a cidade nesses últimos dias. Posso afirmar com todas as letras que esse evento é o começo de uma consolidação de uma movimentação sociocultural que vem lutando para ser reconhecida já faz algum tempo. Agora, ela já não é restrita a um grupo que faz esses roles por falta de incentivo, mas sim uma massa receptiva que está disposta a sair de casa e encarar o desconhecido.

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Dead Fish | Foto por Marceli Marques

Esse é um ponto que observei no festival, pois nesses últimos anos que venho participando de toda essa história belíssima da cultura não conservadora da cidade, nunca tinha visto um número tão grande de pessoas que conheci ao longo da vida que eu nem imaginava que poderia estar junto assistindo um show alternas. Essa é a pegada! Todos convivendo numa harmonia sem igual, pessoas de idade, crianças, vegetarianos, carnívoros, amantes da zoeira, naturebas, pessoas de amor livre, todas lá, sem nenhuma confusão e curtindo de montão. Nada mais justo que uma festa inclusiva para mostrar que aqui tem gente do bem!

Talvez o formato de ter um headliner seguidos de vários shows de peso seja mais receptivo ao público que ainda não tinha sentido a força do que essa cidade é capaz. No dia do aniversário da queridíssima Paula Cavalciuk, aquele que foi ao festival para assistir ao excelente show do Liniker e os Caramelows, por exemplo, teve a oportunidade de conhecer esse talento de voz caipira que já vêm se mostrando um dos grandes talentos regionais há algum tempo, que é a Paulinha. Além disso, teve muitos outros shows incríveis. Boogarins, Kamau, Rimas & Melodias, Maglore, Far From Alaska, Monoclub e mais uma porrada de som bom fizeram muita gente pular e se divertir.

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Far From Alaska | Foto por Marceli Marques

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Paula Cavalciuk | Foto por Marceli Marques

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Supercombo | Foto por Priscila Ribeiro

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Monoclub | Foto por Priscila Ribeiro

No show do Franscisco El, Hombre, outro destaque do festival, uma frase do Mateo me chamou a atenção e resume tudo isso que eu acabei de escrever. Ele falou mais ou menos que os anos 60 e 70 já foram e que o Woodstock passou, que o que temos que viver é o momento atual. Assim, Sorocaba, apesar de todas as barreiras que temos para nos expressar, tem sido um local muito acolhedor para a cena cultural não convencional. Parabéns ao Circadélica por proporcionar esses dias incríveis e que vocês tenham mais inúmeras edições. Vocês já não são os patinhos feios da cidade e sim mais uma força de mudança de comportamento dessa cidade que não vive só de coxinha, mas de música boa, hambúrgueres, cozinha vegetariana, cervejas, tatuagens, diversidade e amor.

 

Sete mil pessoas de todo o Brasil passaram pelo Festival Circadélica

O Festival Circadélica 2017 acabou no último dia 24/7 e já deixou saudade. O evento, que reuniu muita música e diversão, recebeu sete mil pessoas, entre os dias 22 e 23, na Arena Circadélica, e nas festas integradas no Asteroid, que aconteceram nos dias 20, 21, 22 e 24 de julho. No lineup, 45 bandas de peso do cenário nacional; pela arena, artistas circenses, grafiteiros fazendo live painting, gastronomia para vários paladares, fortalecimento do comércio local com lojas de vários estilos, energia boa e muitos elogios à organização.

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Francisco El Hombre | Foto por Camila F. Rocha

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O público em peso, conferindo os shows no Palco 1 da Arena Circadélica | Foto por Marceli Marques

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O artista visual Discórdia | Foto por Marceli Marques

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A pista de skate da Sub Urban, montada ao lado do Palco 1 | Foto por Marceli Marques

Essa foi a segunda edição do festival (a primeira aconteceu em 2001), e os shows de bandas como Francisco, El Hombre, Supercombo, Scalene, Boogarins, Dead Fish, Far From Alaska, Rimas e Melodias, Liniker e os Caramelows, Mahmundi, além de vários artistas locais, como Paula Cavalciuk, Wry e Valveline, agitaram o público, mostrando o poder do cenário musical alternativo. “Acho muito bacana fazer um festival com um monte de banda independente, onde cada uma pode vir e colocar o seu trabalho aqui nesse espaço maravilhoso. Está sendo muito emocionante e muito bonito”, elogiou Liniker.

A banda WRY foi a idealizadora do projeto há 16 anos, e esteve novamente à frente do Circadélica. Para Mario Bross, um dos integrantes e organizadores, a ideia é que o evento seja anual. “Queremos que funcione como um fio condutor de uma experiência artística abrangente, que seja a celebração de um estilo de vida e uma fomentação constante de música e cultura em nossa região”.

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Boogarins | Foto Marceli Marques

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Maglore | Foto por Priscila Ribeiro

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Liniker e os Caramelows | Foto por JF Assessoria de Imprensa

Dividem a organização com Mario, o William Leonotti (músico e produtor cultural), Tiago Oliveira (empreendedor digital), João Antunes (produtor musical e sócio-proprietário do Asteroid), Luciano Marcello (músico e também sócio-proprietário do Asteroid) e Rogério Garcia (artista plástico, diretor de arte e publicitário).

As atrações de 2018

Após o sucesso da edição do ano passado, o Circadélica volta em 2018 com 28 bandas de destaque no cenário nacional e regional, com apresentações entre os dias 28 e 29 de julho, na Arena Circadélica.

Entre os destaques da programação: Emicida, Vanguart, Flora Matos, Tropkillaz, O Terno, Fresno, Jaloo e A Banda Mais Bonita da Cidade.

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