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Mad f***ing Max!

Olá, jovens!

Então, nessa altura do campeonato, alguém já deve ter falado pra você: “…vai ver Mad Max, meeeu!”. Todos teus amigos falaram.
Sua mãe deve ter falado: “…leva blusa e assiste Mad Max!”. Ganhei uma cortesia do Agenda Sorocaba – obg, meninos! – e lá fui eu, conferir o filme mais comentado do ano até aqui.

Me dá um baita gelo na barriga quando me falam muito sobre um filme, antes de eu ver. Já vou pensando que não vou gostar, aí vou ser aquele cara chato que reclama de todo filme que a galera acha legal e que paga de cinéfilo cult mimimi. Então, baixei as expectativas. Fui lá pensando em comer pipoca e me divertir. Lição pra vida: sempre que tiver muita expectativa em cima de um filme, pense na pipoca. Nas linhas abaixo, eu vou ser mais específico. Mas depois de 20 minutos da introdução alucinante do filme, eu já tinha largado mão da pipoca, da coca, da vida. Eu já não era eu, eu era um personagem do filme, imerso naquele deserto pós-apocalíptico.

Cara, que jogo de câmera corajoso, ousado. A sensação de imersão é grande, principalmente por causa dela. Sempre perto dos atores, é impossível esconder dela o figurino cheio de detalhes, pesado, rasgado, empoeirado e a maquiagem de rostos gastos, cansados e sujos de pessoas que não tem nada a perder num mundo perdido. A direção de arte é um caso à parte no filme. A redução do cenário proposto pelo roteiro ganha vida numa arte que é reduzida a 3 cores. Laranja do dia, azul da noite e o preto, dos veículos. Veículos que foram, sim, criados. Nada ali é computação, tudo funciona. Todos os carros são funcionais. George Miller, o diretor, tem a fama de não gostar de coisas que não funcionam. E por isso, passam carros com caras em cima, pendurado a la Cirque de Soleil, com caixas de som, batuques e um guitarrista em cima. Com uma guitarra lança-chamas. Que funciona. Sério, o que é mais fodão que isso?

Mais foda que tudo isso, só a Furiosa. Yep, Charlize Theron, carequinha, de braço mecânico e maravilhosa. O nome do filme é Mad Max, mas ela rouba a cena. Sua Imperatriz revoltada é uma verdadeira máquina de guerra, que usa Max como apoio. Na pele do Max, Tom Hardy. Vai dizer que ele também não é foda? O cara já foi o Bronson e o Bane. Vai muito bem como Max. Ele tem um ar de indiferença britânica mortal. Juntos, eles são a dupla fatal que vai no seu caminhão de guerra de ferro, todo cheio de caveiras e armas pela Estrada da Fúria, tocando o terror no vilão Immortan Joe e sua assustadora máscara, numa história de rebelião, num contexto desesperadamente árido.

charlize

Ponto alto do filme, que é tão bom que chega a ser imperceptível: a edição. As cenas de ação já seriam excelentes só na filmagem. O cuidado com elas é minucioso. Na edição, as sequências de ação foram aceleradas. Então além de acontecerem coisas inimagináveis, elas acontecem num ritmo frenético, que te gruda na cadeira e não te cansa. E sabe aquelas cenas de blockbusters que sempre no meio do fim do mundo, rola espaço pra uma piadinha infame? Nada disso por aqui. Mad Max se propõe a ser um filme sério. Desses que fazem falta.

Esses foram meus argumentos técnicos. Agora, se for pra resumir, vou dizer o seguinte: tiroteio, revolta, seres bizarros, traição, mulheres lindas, carros v8 adaptados, explosões, num cenário caótico. Ou, dizendo de maneira mais sincera, de um jeitinho que faz jus a toda atmosfera do filme: p*** que pariu, que filme do car****! TESTEMUNHEM essa p****, pra ontem.

Até a próxima!

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